terça-feira, 15 de abril de 2008

A Sociedade Senhorial

As sucessivas invasões de Muçulmanos, Húngaros e Viquingues provocaram um clima de medo e insegurança, tinha como consequência que o povo (artesãos e camponeses) fosse procurar protecção junto dos senhores, a troco de uma parte dos seus produtos ou das suas colheitas.
A sociedade era basicamente constituída por três ordens (era uma sociedade tripartida). Eram eles:
- O Clero (tinham de função de rezar);
- A Nobreza (tinham a função de lutar e proteger a população);
- O Povo (tinham a função de trabalhar e sustentar os grupos sociais privilegiados, em troca de protecção contra povos inimigos).
A maioria da população não tinha privilégios, ou seja, pertencia a uma classe social baixa (povo). A Nobreza e o Clero eram os grupos sociais privilegiados, encontrando-se em clara minoria.



O Clero

Na Idade Média, o Clero desempenhava um papel importante e com grande influência no dia-a-dia da sociedade, uma vez que desempenhava as seguintes funções:
- Religiosas;
- Culturais;
- Sociais.
Os senhores (e às vezes os próprios reis), por muitas vezes, doavam as suas terras ao Clero, na esperança de obter um lugar junto de Deus.
No clero, havia duas divisões:
- Alto Clero (bispos, arcebispos e abades), que viviam nos mosteiros;
- Baixo Clero (monges e sacerdotes), que viviam junto das populações.
No século X, houve um movimento de renovação da Igreja Católica, que apelava sobretudo à verdade, sinceridade e humildade. No século XI, o Papa passou a ser considerado como a pessoa que detinha o poder máximo sobre o Cristianismo, tendo os próprios Reis a obrigação de lhe dever obediência.


Gravura ilustrando o Clero



A Nobreza

A Nobreza era um grupo social altamente privilegiado, formando os nobres uma riqueza conjunta de cavaleiros e pessoas que defendiam a população e lutavam contra os inimigos do Rei e em troca, recebiam títulos, importantes cargos e terras, o que permitiam o seu grande enriquecimento. Todos estes factores permitiam uma aristocracia fundiária, isto é, uma riqueza em que os terrenos e campos eram sinais de poder. As grandes propriedades que o alto clero e a alta nobreza dispunham eram designadas de senhorios.
Os senhorios eram compostos por reserva (terra que era explorada pelo senhor através de servos e camponeses) e por mansos (que eram pequenas parcelas de terra arrendadas pelo senhor aos camponeses ou aos servos, em troca de algumas obrigações, tais como a obtenção de uma determinada parte das colheitas).
Os grandes nobres possuíam poderes muito importantes que só o Rei deveria ter, entre eles:
- Cobrança de impostos às populações;
- Aplicação da Justiça;
- Cunhagem de moeda;
- Posse de exército.

Gravura ilustrando a Nobreza


O Povo

Na Idade Média, quase toda a população era constituída por camponeses. Havia uma economia de subsistência, em que a agricultura era a principal actividade económica. O povo tinha a função de trabalhar para alimentar e suster os grupos sociais privilegiados, em troca de protecção.
Para além disso, cumpriam as seguintes obrigações: corveias (passar um dia da semana a trabalhar gratuitamente para o senhor), banalidades (uso obrigatório do moinho, forno ou lagar do senhor, recebendo este uma parte do que foi produzido) e ainda tinham de pagar alguns impostos e rendas.
Os camponeses podiam ser livres (colonos, vilãos) ou não livres (servos).

Gravura ilustrando o Povo

Bibliografia

“Viva a História” / 7º Ano / Parte 2
http://web.educom.pt/multiversum/mtvgr2/literatura/A%20Estrutura.htm (no dia 13 de Abril de 2008)
aprenderbrincando.no.sapo.pt/historia.htm (no dia 13 de Abril de 2008)
musica-no-ar.blogs.sapo.pt/982.html (no dia 13 de Abril de 2008)
http://www.malhatlantica.pt/sitiodahistoria/tema3matriz.htm (no dia 13 de Abril de 2008)

Realizado:

Luís Souto e Tomás

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