quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pedro Hispano


Pedro Hispano ou Petrus Hispanus, tradicionalmente identificado com o português Pedro Julião (1210-1277), nasceu em Lisboa e morreu em Viterbo (Itália). Foi médico, filósofo e papa com o nome de João XXI em 1276-1277.
Filósofo e médico, fez os primeiros estudos na escola catedral olisiponense, e depois em Paris para prosseguir os estudos universitários (ainda não existia a Universidade de Lisboa/Coimbra).
No estado actual das investigações persistem sérias dúvidas sobre as obras que efectivamente escreveu, sendo difícil sustentar que, devido à imensa variedade de temas abordados e sobretudo atendendo à diversidade dos estilos de escrita, seja efectivamente autor de todas as obras que normalmente lhe são atribuídas.
A partir do final do século XIII um manual de lógica, escrito por Pedro Hispano, começa a ser adoptado, primeiro por algumas ordens religiosas e depois nas universidades, como livro de texto para introduzir jovens noviços ou estudantes de Artes no estudo da dialéctica. O sucesso das Summulae logicales ou Tractatus durará mais de três séculos e alarga-se a toda a Europa, excepto Inglaterra. Até final do século XVI será copiado centenas de vezes e serão impressas mais de 200 edições o que faz desta obra lógica um dos mais influent es manuais nos estudos universitários no final da Idade Média, tendo sido traduzido para grego e várias vezes para hebraico.
Eleito Papa, dedicou-se a tentar uma reconciliação com Bizâncio, e lançar uma nova cruzada mas, com a sua morte ficou tudo na mesma.
Ensinou Filosofia na Faculdade de Artes de Paris, Medicina em Siena e na Corte de Frederico II.




Fontes:
http://web.letras.up.pt/meirinhos/petrushispanus/default.htm

http://tempore.blogspot.com/2006/11/pedro-hispano.html

http://acultura.no.sapo.pt/indexPedHisp.html

http://www.instituto-camoes.pt/cvc/filosofia/m14.htm

http://pwp.netcabo.pt/0154943702/ph.jpg

Guilherme Fontes, nº 18 – 7ºA

Abril / 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

A Formação dos Reinos Cristãos







D. Afonso Henriques

No ano de 711 a Península Ibérica foi invadida por Muçulmanos oriundos do Norte de África obrigando os povos que a ocupavam a refugiar-se na região montanhosa do
Norte (Astúrias e Pirinéus).
Foi a partir daí que os Cristãos procuraram recuperar os territórios perdidos. Este movimento (movimento da Reconquista Cristã) foi um movimento lento, marcado por avanços e recuos, por vitórias e derrotas.
Era um movimento cristão e por isso contava com o apoio da Santa Sé e dos reinos cristãos da Europa.
À medida que a reconquista cristã avançava para sul foram-se formando vários reinos: Leão e Castela, mais tarde unidos num só; Navarra e Aragão.
Em 1086, os Cristãos saíram derrotados na batalha de Zalaca, o que levou ao rei de Leão e Castela a pedir auxílio à nobreza francesa, vieram muitos nobres ajudar o rei de Leão na luta contra os Mouros. Entre eles distinguiram-se dois: D Raimundo e D Henrique. Como recompensa, D Afonso VI, deu a D. Raimundo a mão de sua filha D. Urraca e a D. Henrique a mão da sua filha D. Teresa. Também deu a D. Henrique o Condado Portucalense, que era o território situado entre o rio Minho e o rio Mondego mas o casal instalou-se na cidade de Guimarães.
Passados uns anos, D. Teresa e D. Henrique tiveram um filho a quem deram o nome de Afonso Henriques. Quando Afonso Henriques tinha 3 anos o seu pai, D. Henrique, morreu numa forte batalha tendo D. Teresa ocupado o trono por algum tempo e a educação de D. Afonso Henriques ficou cargo de um aio chamado Egas Moniz que lhe insinuou a arte de combater. A dada altura o jovem Afonso Henriques desentendeu-se com a sua mãe e, com o apoio dos nobres portucalenses acabou por travar uma feroz batalha contra a sua mãe.
Assim, no dia 24 de Junho de 1128, teve lugar a famosa batalha em que mãe e filho se enfrentaram e a que se chamou batalha de S. Mamede. D. Afonso Henriques saiu vitorioso e a sua mãe fugiu para Espanha. Deste modo, D. Afonso Henriques assumiu o governo do condado e continuou a lutar , tal como o seu pai, pela autonomia do condado. Os principais objectivos de D. Afonso Henriques eram:
Tomar o Condado Portucalense Independente
Alargar para sul território do Condado conquistando terras aos Muçulmanos.
Depois das vitórias de Arcos de Valdevez, D. Afonso VIII, rei de leão teve que ser obrigado a assinar com D. Afonso Henriques o tratado de Zamora, concedendo-lhe a Independência do Condado em 1143. Nascia assim o Reino de Portugal e D. Afonso Henriques era o seu primeiro rei.

BIBLIOGRAFIA:
http://www.eb1-porto-n7.rcts.pt/anolecti2004_2005_p1.htm
Livro do 7º ano da Escola Secundária Eça de Queirós - «Viva a história»

TRABALHO REALIZADO POR:
GONÇALO TORRES Nº 17
GUILHERME FONTES Nº18

A Sociedade Senhorial

As sucessivas invasões de Muçulmanos, Húngaros e Viquingues provocaram um clima de medo e insegurança, tinha como consequência que o povo (artesãos e camponeses) fosse procurar protecção junto dos senhores, a troco de uma parte dos seus produtos ou das suas colheitas.
A sociedade era basicamente constituída por três ordens (era uma sociedade tripartida). Eram eles:
- O Clero (tinham de função de rezar);
- A Nobreza (tinham a função de lutar e proteger a população);
- O Povo (tinham a função de trabalhar e sustentar os grupos sociais privilegiados, em troca de protecção contra povos inimigos).
A maioria da população não tinha privilégios, ou seja, pertencia a uma classe social baixa (povo). A Nobreza e o Clero eram os grupos sociais privilegiados, encontrando-se em clara minoria.



O Clero

Na Idade Média, o Clero desempenhava um papel importante e com grande influência no dia-a-dia da sociedade, uma vez que desempenhava as seguintes funções:
- Religiosas;
- Culturais;
- Sociais.
Os senhores (e às vezes os próprios reis), por muitas vezes, doavam as suas terras ao Clero, na esperança de obter um lugar junto de Deus.
No clero, havia duas divisões:
- Alto Clero (bispos, arcebispos e abades), que viviam nos mosteiros;
- Baixo Clero (monges e sacerdotes), que viviam junto das populações.
No século X, houve um movimento de renovação da Igreja Católica, que apelava sobretudo à verdade, sinceridade e humildade. No século XI, o Papa passou a ser considerado como a pessoa que detinha o poder máximo sobre o Cristianismo, tendo os próprios Reis a obrigação de lhe dever obediência.


Gravura ilustrando o Clero



A Nobreza

A Nobreza era um grupo social altamente privilegiado, formando os nobres uma riqueza conjunta de cavaleiros e pessoas que defendiam a população e lutavam contra os inimigos do Rei e em troca, recebiam títulos, importantes cargos e terras, o que permitiam o seu grande enriquecimento. Todos estes factores permitiam uma aristocracia fundiária, isto é, uma riqueza em que os terrenos e campos eram sinais de poder. As grandes propriedades que o alto clero e a alta nobreza dispunham eram designadas de senhorios.
Os senhorios eram compostos por reserva (terra que era explorada pelo senhor através de servos e camponeses) e por mansos (que eram pequenas parcelas de terra arrendadas pelo senhor aos camponeses ou aos servos, em troca de algumas obrigações, tais como a obtenção de uma determinada parte das colheitas).
Os grandes nobres possuíam poderes muito importantes que só o Rei deveria ter, entre eles:
- Cobrança de impostos às populações;
- Aplicação da Justiça;
- Cunhagem de moeda;
- Posse de exército.

Gravura ilustrando a Nobreza


O Povo

Na Idade Média, quase toda a população era constituída por camponeses. Havia uma economia de subsistência, em que a agricultura era a principal actividade económica. O povo tinha a função de trabalhar para alimentar e suster os grupos sociais privilegiados, em troca de protecção.
Para além disso, cumpriam as seguintes obrigações: corveias (passar um dia da semana a trabalhar gratuitamente para o senhor), banalidades (uso obrigatório do moinho, forno ou lagar do senhor, recebendo este uma parte do que foi produzido) e ainda tinham de pagar alguns impostos e rendas.
Os camponeses podiam ser livres (colonos, vilãos) ou não livres (servos).

Gravura ilustrando o Povo

Bibliografia

“Viva a História” / 7º Ano / Parte 2
http://web.educom.pt/multiversum/mtvgr2/literatura/A%20Estrutura.htm (no dia 13 de Abril de 2008)
aprenderbrincando.no.sapo.pt/historia.htm (no dia 13 de Abril de 2008)
musica-no-ar.blogs.sapo.pt/982.html (no dia 13 de Abril de 2008)
http://www.malhatlantica.pt/sitiodahistoria/tema3matriz.htm (no dia 13 de Abril de 2008)

Realizado:

Luís Souto e Tomás